Bryales

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBryales
Bryum capillare
Bryum capillare
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Bryophyta sensu stricto
Classe: Bryopsida
Subclasse: Bryidae
Ordem: Bryales
Limpr.
Famílias
Ver texto.
Bryum argenteum e Bryum capillare no coroamento de um muro.

Bryales é uma ordem de musgos pertencentes à subclasse Bryidae da classe Bryopsida.[1] A ordem, filogeneticamente muito antiga, apresenta elevada diversidade, agrupando 6 famílias com cerca de 1700 espécies.

Descrição

As espécies integradas na ordem Bryales são musgos acrocárpicos.[2]

Com exceção da família Pulchrinodaceae, não ocorreram casos de pseudoparafilia. As células das lâminas dos filídios são alongadas, prosenquimáticas (isto é com paredes espessas e lenhosas) e lisas. A nervura dos filídios é simples, sendo mais evidente principalmente nos géneros Bryum e Mnium.[2]

O peristoma é do tipo Bryum. Entre cada segmento do endostoma existem de um a cinco cílios. Por vezes, o peristoma é reduzido, raramente completamente ausente.[2]

O agrupamento Bryales é muito antigo, sendo conhecidos fósseis atribuídos a estes musgos datados do Pérmico. São conhecidos também vários géneros considerados extintos que se parecem muito com os Bryales na sua estrutura foliar, nomeadamente na nervura, rede celular e presença de filídios ("folhas") com margem envaginada.

Sistemática

A ordem Bryales inclui as seguintes famílias::[2]

  • Família Bryaceae
  • Família Leptostomataceae
  • Família Mniaceae
  • Família Phyllodrepaniaceae
  • Família Pseudoditrichaceae
  • Família Pulchrinodaceae

O ordem com a presente circunscrição taxonómica é monofilética conforme demonstrado a partir de dados obtidos em estudos de genética molecular.[2]

Em tempos esta ordem teve uma circunscrição taxonómica mais alargada e incluiu as espécies que agora formam a ordem Rhizogoniales e a família Catoscopiaceae.[1]

Rhizomnium dentatum, uma espécie de um género de Mniaceae, o género Rhizomnium, foi descrita a partir de gametófitos fósseis preservados em âmbar do Báltico.[3]

Notas

  1. a b Buck, William R. & Bernard Goffinet. 2000. "Morphology and classification of mosses", pp. 71-123 in A. Jonathan Shaw & Bernard Goffinet (Eds.), Bryophyte Biology. (Cambridge: Cambridge University Press). ISBN 0-521-66097-1.
  2. a b c d e Wolfgang Frey, Michael Stech, Eberhard Fischer: Bryophytes and Seedless Vascular Plants (= Syllabus of Plant Families. 3). 13th edition. Borntraeger, Berlin u. a. 2009, ISBN 978-3-443-01063-8, S. 193 ff.
  3. Heinrichs, J; Hedenäs, L; Schäfer-Verwimp, A; Feldberg, K; Schmidt, AR (2014). «An in situ preserved moss community in Eocene Baltic amber». Review of Palaeobotany and Palynology. 210: 113–118. doi:10.1016/j.revpalbo.2014.08.005 

Referências

  • Jan-Peter Frahm, Wolfgang Frey: Moosflora (= UTB. 1250). 4., neubearbeitete und erweiterte Auflage. Ulmer, Stuttgart 2004, ISBN 3-8252-1250-5.
  • Jan-Peter Frahm: Biologie der Moose. Spektrum Akademischer Verlag, Heidelberg u. a. 2001, ISBN 3-8274-0164-X.

Galeria

Ligações externas

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Controle de autoridade
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Identificadores taxonómicos
Identificadores
  • v
  • d
  • e
Classificação da divisão Bryophyta
Domínio
Archaea
Bacteria
Eukaryota
(Reino
Plantae
Hacrobia
Heterokont
Alveolata
Rhizaria
Excavata
Amoebozoa
Animal
Fungi)
Sphagnopsida
Takakiopsida
Andreaeopsida
Andreaeobryopsida
Tetraphidopsida
Oedipodiopsida
Polytrichopsida
Bryopsida
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Timmiidae
Dicranidae
Bryidae
Incertae sedis (parafilético)
Bryanae